O aeroporto doméstico do Luau, no Moxico, inaugurado em Fevereiro de 2015 pelo então Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, foi baptizado com o nome do general Rafael Sapilinha Sambalanga.
Oficialmente a opção deveu-se ao facto deste antigo combatente (das FAPLA/MPLA) ter dado um forte contribuído, com o espírito patriótico e revolucionário, à luta de libertação nacional de Angola.
Nos últimos anos o general Sapilinha Sambalanga exerceu as funções de Inspector-Geral das Forças Armadas Angolanas (FAA).
Natural do município da Cameia (Moxico), o general Sapilinha Sambalanga, exerceu também as funções de comissário (actual governador) provincial do Namibe, da Lunda Sul e Huila.
O general Rafael Sapilinha Sambalanga, faleceu a 7 Agosto de 2012, em Cuba, por doença. No elogio fúnebre, o director Nacional de Segurança Social das FAA, general Luís Neto “Xietu” realçou os feitos do general Sambalanga durante a luta de libertação nacional e na estabilidade do país, considerando-o um combatente destemido, que tão cedo abraçou a política na luta dos interesses dos angolanos.
“O país perdeu um grande combatente”, reconheceu o general “Xietu”, referindo que o malogrado general foi um patriota de que a nação tem motivo de se orgulhar, dirigente com uma visão estratégica muito apurada que, com o espírito de entrega a causa dos angolanos, soube dar o seu contributo, tanto na vertente política como na militar.
O general Sambalanga teve um percurso invejável, disse “Xietu”, acrescentando que ele deixou um legado de valor para os militares, particularmente para as novas gerações.
Como politico, o general Sambalanga exerceu vários cargos, com particular destaque para o de comissário das províncias da Huíla e Lunda Sul e de adido militar junto da representação diplomática de Angola em Cuba.
Ao que parece, em Angola só os que foram, ou são, do MPLA poderão ter aspirações a ver o seu nome associado a grandes, ou mesmo pequenas, obras. Todos os outros, nesta estranha política dita de inclusão imposta pelo regime, nunca serão considerados angolanos dignos dessa distinção.
No dia 12 de Agosto de 2009, o então inspector-geral das Forças Armadas Angolanas, general Rafael Sapilinha Sambalanga, considerou, na comuna do Icolo e Bengo, o MPLA e Agostinho Neto como uma “trincheira firme na defesa do continente africano”, pelo percurso árduo nas lutas de libertação nacional, bem como o contributo para a paz na região.
Poderia o general Sambalanga ficar-se por aqui e tudo estaria bem. Angola é de facto uma “trincheira firme na defesa do continente africano”.
Sambalanga, que falava durante a visita dos Inspectores de Defesa da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) ao Centro Cultural “António Agostinho Neto”, não se conteve, contudo, em querer agradar ao chefe e vai daí enalteceu o espírito de coragem do fundador da nação angolana, nas lutas de libertação nacional que culminou com a independência do país.
Para o inspector-geral, António Agostinho Neto teve a capacidade de prever a liberdade e autonomia do povo angolano nos poemas que escrevia. “António Agostinho Neto não é tido apenas como fundador da nação e do MPLA, mas também como um poeta perspicaz”, sublinhou.
Sendo que, seja qual foro presidente do MPLA, a tese oficial será sempre a de a de que só os nossos são bons, exclui-se para sempre a possibilidade de, pela via política, Holden Roberto ou Jonas Savimbi “darem” o seu nome a qualquer obra, por pequena que seja. E depois venham-nos falar de reconciliação…